O setor automotivo segue com fortes tendências de engenharia que estão ditando os rumos da produção e do consumo. Confira as principais!

O avanço das novas tecnologias da Indústria 4.0, da alta conectividade e as demandas ligadas à sustentabilidade têm imposto novos desafios à engenharia automotiva. Além disso, a crescente preocupação com a qualidade do ar e com a saúde, bem como os preços do petróleo e derivados abrem novas oportunidades, motivando tendências importantes para o setor automotivo.

É fundamental que as empresas fiquem atentas a essas para se prepararem não somente para os desafios que elas geram, mas também para as oportunidades que apresentam no mercado. Por isso, neste artigo, você vai entender melhor sobre as tendências que estão impactando o setor!

Avanço da propulsão elétrica como tendências da engenharia

Na esteira de discussões do programa Rota 2030, existe hoje a intenção do governo de reduzir a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de veículos híbridos e elétricos. A ideia é que o percentual caia de 25% para algo em torno de 7%. Essa medida vai ao encontro do objetivo do programa de promover o uso de biocombustíveis e outras fontes alternativas de propulsão. 

Segundo noticiado pelo Estadão, o Brasil terá em Minas Gerais um polo de produção de baterias para veículos elétricos graças ao investimento de oito empresas do Vale do Silício (EUA). Apesar de ainda ser um setor com muito caminho a percorrer, parece ser uma tendência irreversível. Em escala global, o novo estudo da Deloitte apontou que 21% pretendem comprar um carro híbrido ou com propulsão elétrica (à bateria).

Regulamentos ESG (Environmental, Social and Governance)

Fatores ligados à tendência ESG também impactam o setor de engenharia automotiva. De fato, a indústria precisa ter um cuidado maior com a sustentabilidade. Segundo um estudo da empresa de consultoria KPMG, feito com mais de mil executivos do setor, 98% dos líderes afirmam que a sustentabilidade vai direcionar as decisões de negócios na indústria de automóveis nos próximos anos. 

E não se trata apenas de respeito ao meio ambiente quanto à emissão de gases poluentes, por exemplo. Também temos a preocupação com o impacto social dos processos das fábricas e as políticas da empresa em questões éticas e legais. Todas as decisões devem se basear nesses pilares.

Fornecedores de nacionalização de produção de peças

Com o aumento do dólar a patamares exorbitantes, a nacionalização de peças se tornou uma estratégia cada vez mais procurada pelas empresas, especialmente porque grande parte da produção da indústria automotiva brasileira é dependente de componentes importados.

A pandemia também revelou essa necessidade. Com o lockdown imposto pela China e a consequente interrupção na produção de componentes, várias fábricas do mundo sofreram carência desses itens, inclusive o Brasil. Por isso, é fundamental manter fornecedores de nacionalização de produção de peças e processos capazes de ajudar nos projetos, dando o suporte necessário ao setor de engenharia da indústria automotiva. 

Veículos autônomos

Os carros autônomos são um dos pontos altos das tecnologias ligadas à mobilidade alternativa. Esse modelo ainda está em pleno desenvolvimento, por isso, ainda há certa desconfiança por parte dos consumidores. Segundo o estudo da Deloitte já citado intitulado Global Automotive Consumer Study 2021, em 2019, muitos consumidores colocaram o pé no freio quanto aos veículos autônomos. No entanto, a tecnologia dos semi-autônomos prossegue como um recurso pelo qual os consumidores pagariam mais para ter — e a tendência avança!

Veículos compartilhados

A ideia de veículos compartilhados (shared mobility ou car sharing) não é uma tendência nova. Ela emergiu em 2014 como uma alternativa bastante vantajosa à compra de um veículo próprio. Existem aí diferentes modelos de negócios, como aluguéis de carros de locadoras ou de donos de veículos ociosos, programas em que carros ficam disponíveis para serem pegos em estacionamentos específicos ou dentro da área de atuação da fornecedora, ou os apps de carona.

O setor automotivo pode esperar muita evolução e tecnologias que vão impactar fortemente a produção nacional. A pandemia está desenhando muitas lições e causou efeitos imprevisíveis que afetou todos os setores da economia, e a engenharia automotiva não ficou de fora. Então, fique atento às tendências para não perder vantagem competitiva no mercado. Quer ficar atualizado das tendências da engenharia? Então, acompanhe nosso blog e veja mais conteúdos!