Sabe como funciona a logística reversa para carros? Confira tudo o que está envolvido, qual a importância e como pode ser implementado.
Em uma sociedade de alto consumo que deseja ser mais sustentável e promover uma boa experiência aos clientes, a indústria precisa implementar um programa de logística reversa.
Esse processo se refere a diversos procedimentos para recolher produtos das mãos do consumidor no pós-venda ou pós-consumo para que ele retorne à empresa para a correta destinação de resíduos. Dessa forma, esse processo se tornou muito comum no e-commerce, e a indústria automotiva precisa enfrentar esse desafio de implementar essa prática.
Neste artigo, você vai entender melhor o que é a logística reversa para as montadoras de automóveis, qual a relevância do processo para as empresas e como pode ser implementado.
O que é logística reversa para a indústria automotiva?
Todo produto tem uma vida útil limitada, e o carro não fica de fora dessa regra. Acontece que apenas 1,5% da frota brasileira passa pelo processo de logística reversa. Quando comparamos com países como o Estados Unidos, em que 95% da frota são reciclados, vemos que a indústria aqui no país ainda precisa evoluir bastante.
Com a logística reversa, a ideia é que os carros velhos possam retornar para a indústria, que desmontam e aproveitam suas peças. Além disso, os materiais podem ser reciclados para ser usados na fabricação de peças usinadas na indústria automotiva.
Dessa forma, os veículos podem ser direcionados para o reaproveitamento ou destinação correta de seus resíduos. Esse processo tem uma grande importância para a indústria automotiva dada a relevância do setor na economia do país e o impacto ambiental do descarte incorreto dos veículos velhos.
Como implementar programas de logística reversa na indústria automotiva?
Em um programa de logística reversa, as empresas se comprometem em coletar e destinar de forma correta os materiais do veículo.
Ainda não existe no Brasil uma política específica para a reciclagem de veículos. Infelizmente, em muitos casos, as carcaças de carros velhos se amontoam em pátios de órgãos públicos, ruas, zonas rurais, lagoas ou desmanches clandestinos.
Existe hoje em tramitação o Projeto de Lei n° 4121, de 2020 que tenta modificar a lei 12.305/2010 sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos para incluir a logística reversa de veículos automotores. Enquanto isso, algumas iniciativas públicas tentam legalizar a reciclagem de carros feita pelos ferros-velhos.
O Estado de São Paulo, por exemplo, aprovou a Lei do Desmanche, que regulamentou a desmontagem de veículos para a venda das peças. Sendo assim, essas empresas precisam ser credenciadas pelo Detran e pela Secretaria da Fazenda.
Fluxo da logística
A indústria automotiva, apesar da carência da lei, pode implementar o processo como forma de promover a sustentabilidade de suas operações. No geral, o fluxo dessa logística ocorre da seguinte forma:
- Os veículos velhos são levados pelo consumidor a um posto de coleta preparado pela indústria automotiva. Esses postos são conhecidos como PEVs (Pontos de Entrega Voluntária), instalados em locais estratégicos para que os clientes possam levar o veículo com maior facilidade.
- O material é recebido e encaminhado para a indústria automotiva.
- O fabricante recebe o veículo velho e encaminha seus componentes para reutilização, tratamento, reciclagem e destinação apropriada.
A logística reversa de carros é um tema que precisa ser bastante discutido e ainda será uma das tendências na indústria automobilística. Esse tipo de implementação pode ser um grande desafio, mas contribui para um posicionamento mais favorável da marca frente aos consumidores, além de evitar a destinação incorreta desses resíduos.
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